quarta-feira, 17 de julho de 2013

**Costura na Viagem**: Circuito de Itupararanga, SP

O interior de São Paulo tem muito mais a conhecer do que você possa imaginar! Delicie-se com os vários roteiros deste circuito que está se estruturando cada vez mais para receber visitantes de todo o país!

O Circuito Turístico de Itupararanga é a união do potencial turístico de 6 cidades que tem a Represa de Itupararanga como ponto geográfico central. São elas São Roque, Ibiúna, Piedade, Alumínio, Votorantim e Mairinque. Esta região a muito tempo é um pólo de atração à visitantes que buscam diversão e entretenimento em seus momentos de lazer, principalmente aos finais-de-semana e feriados. Várias pessoas ao lerem estas palavras lembrarão de quando à beira da rodovia Raposo Tavares, até então o único acesso a região, famílias inteiras reuniam-se nas mesas, bancos e churrasqueiras de cimento que existiam em suas margens buscando seu lazer de final de semana, que com a modernização das rodovias de acesso, acabaram por deixar de existir.Mas outros irão lembrar da região pelos sítios e chácaras de amigos que a partir da década de 60 começaram pulverizar as terras das fazendas de uva (São Roque) ou legumes e verduras (Ibiúna e Piedade), criando novos loteamentos de chácaras de lazer. Não importando o motivo, a região do Pólo Turístico de Itupararanga é um destino turístico diversificado há muito tempo.

A região do Circuito Turístico de Itupararanga possui atualmente o mais vasto trade turístico-regional do interior paulista. Oferecendo a seus visitantes oportunidades de lazer em sua vasta hotelaria, que atende a todos os bolsos e gostos, variadas e deliciosas opções de gastronomia. Além de turismo rural, agro-turismo, turismo-aventura, parques temáticos e turismo de compras nos variados lojões de fábrica. Tudo isso com muita cultura a ser desvendada e beleza a ser vista.
Esta diversidade se caracteriza pela produção de vinhos, alcachofras, além de uma das maiores produções de hortaliças do estado de São Paulo. Vale lembrar que nesta região revelam-se rituais e espaços religiosos de grande relevância. A geografia acidentada se transforma em verdadeiro deleite dos amantes de uma boa paisagem. Parques de lazer e atividades de esportes radicais e ecoturismo complementam o sucesso do roteiro de sua escolha. Opções estas que podem ser conferidas nos diversos roteiros de lazer elaborados especialmente para os visitantes. Uma iniciativa, que a Morro Verde trouxe para o turismo regional paulista. Conheça alguns de seus vários roteiros e leve a família para se divertir!


- ROTEIROS SINGLES (apenas em 1 município): 

Roteiro Cultural Votorantim: Histórico das vilas operárias: Na década de quarenta, na vila Nova Baltar, já existiam mais de mil casas construídas para os operários do local. Começou então a exploração de minério. Posteriormente, por ordem do comendador Pereira Ignácio, formou-se a vila Santa Helena, local onde foi instalado a Fábrica de Cimento Votoran. Em 1926 foi construída uma capela em homenagem a São João Batista, em frente ao portão principal de da indústria, no centro da Vila Industrial, já que o empresário português responsável pelo desenvolvimento local era muito religioso. Posteriormente, o mesmo mandou construir uma capela de Nossa Senhora das Necessidades em Nova Baltar que foi inaugurada em 16 de dezembro de 1944, pelo saudoso bispo de Sorocaba, Dom José Carlos de Aguirre. Porém a construção de casa para seus empregados era sua meta principal. Assim nasceram, o núcleo de casas da Barra Funda e da Chave, e as casa para funcionários que trabalhavam na administração, para os chefes, mestres e contramestres. Naquela época a Estrada de Ferro Elétrica Votorantim transportava todo minério extraído dos fornos da Fábrica Santa Helena e dos minérios de Baltar. A máquina à fogo e a máquina elétrica passaram a fazer parte do dia-a-dia da população obreira que lá residia. O trem tanto servia para o transporte da produção das indústrias como para o transporte de operários que trabalhavam em três turnos. A primeira fábrica de Pereira Ignácio foi de óleo de caroço de algodão da marca Primus. Essa fábrica de óleo tinha o nome de Santa Helena e fabricava também: sabão, torta, farelo, estearia e latas de folhas de flandres. Na verdade, a S/A Fábrica Votorantim não foi a primeira indústria do comendador, mas sim a segunda. Na época, um modelo para as demais indústrias do País. A empresa oferecia aos consumidores reputados tecidos de algodão, sedas, flanelas e famoso tecido de chita, que vestia a população mais pobre.O ousado português de Baltar construiu uma poderosa usina para gerar energia elétrica para todos os seus empreendimentos fabris na pequena vila industrial de Votorantim. A Estrada de Ferro Elétrica Votorantim, era o esteio das empresas do industrial lusitano. 

Sugestão de visita: Fazer um passeio de carro pelas vilas de moradores chamados de núcleos da Barra Funda e da Chave e visita às capelas locais Nossa Senhora das Necessidades na vila Nova Baltar e capela de São João Batista na centro da Vila Industrial. Sugere-se também conhecer o Orquidário Votoran. Instalado em um espaço de quatro mil metros de área total, onde antes operava uma pedreira de granito, promovem o mapeamento da população de orquídeas e bromélias da Serra de São Francisco. Já foram catalogadas mais de 70 espécies de orquídeas e 15 de bromélias nativas, que comporão o acervo vivo do espaço. 
São Roque:

Viticultura em São Roque: As origens do cultivo da uva e a produção de vinho em São Roque remontam aos primeiros tempos do povoado. Em meados do século XVII, quando aqui chegou, o fundador do município, Pedro Vaz de Barros, fez plantar extensos vinhedos, transformando-se assim na legendária figura do primeiro vitivinicultor de sanroquense. Após o impulso inicial, mais dois séculos iriam correr e só mesmo por volta de 1880, é que acontece o ressurgimento da vitivinicultura em São Roque. Em 1924 com a chegada de imigrantes italianos e portugueses a produção alcançava mais de 1 milhão de litros de vinho e já somava duas ou três dezenas de vitivinicultores. O apogeu da indústria vitivinicultora sanroquense chega entre as décadas de 40 a 60 com a produção anual de 12 milhões de litros. Sugestão de Visita: Casa D´Irene Artesanato (vinhos de todas as marcas), Vinícola Bella Aurora, Vinìcola Real D´Ouro (Museu do Vinho), Almoço no Vale do Vinho e visita à Vinícola Góes. No período da tarde sugere-se compras de queijos na Fazenda Santa Adélia e visita a Adega do Baco que conta história do Deus Baco.

Piedade:
Casa da Cultura: Localizada na frente da Praça da bandeira sua construção data de 1877. Antigamente funcionava como Cadeia Pública do município e na atualidade representa o berço cultural do município através da realização de diversos cursos de música, teatro, dança, artes e poesia. 


Sugestão de Visita: Passeio a Casa da Cultura e almoço no Restaurante Bizão Dourado.Ibiúna: Gruta de São Sebastião: diz a lenda que um caçador desolado pela doença desconhecida de sua mulher ajoelhou-se no interior da gruta, onde havia entrado para matar sua sede de uma fonte ali existente. A placidez do local envolveu-o em total paz de espírito, e o caçador então orou e pediu para São Sebastião a cura de sua esposa. Levou a ela um pouco da água da fonte como remédio e ela bebeu e sarou. O caçador agradecido,voltou a gruta e fincou uma cruz de pau-d´alho para testemunhar sua fé. Muito tempo depois, temendo o furor de violenta epidemia que assolou a região, o povo se lembrou do milagre de São Sebastião e novamente se apegou ao Santo de especial devoção portuguesa, pedindo sua intercessão. Em sinal de gratidão, dona Xanda Leotério mandou vir do Rio de Janeiro uma imagem de São Sebastião que foi fixada no local da cruz, com a promessa de erigir uma capela caso a doença desaparecesse. E então quando a doença desapareceu a capela foi construída há um quilômetro acima da gruta e anualmente, no mês de maio, é palco de concorrida romaria em louvor a São Sebastião. A Gruta de São Sebastião está localizada no bairro do Pocinho, a 28 quilômetros da cidade. É cercada de belíssima floresta e tem como marco uma pedra de pelo menos 7 metros de altura.

Mairinque: 


Estação Ferroviária de Mairinque: Um importante marco arquitetônico do Brasil, foi apontada como uma das primeiras construções de concreto armado e como pioneira da arquitetura moderna do Brasil, a época de chamado de Proto-modernismo. A estação ferroviária de Mairinque foi construída em 1911, em concreto armado e linhas simples e foi a primeira obra proto-moderna no Brasil. A estação foi construída no centro das linhas, ficando conhecida como estação-ilha. Sua edificação necessitava de um porte maior, pois Mairinque já estava abrigando as oficinas da Sorocabana e precisava de uma estação compatível, uma edificação de porte com duas plataformas de passageiros facilitando a passagem simultânea das composições. Seu acesso se dá por meio de um túnel subterrâneo aberto aos trilhos e liga as duas partes da cidade diretamente. No momento estação encontra-se aberto à visitação somente durante os dias de semana.
Bom passeio!!!
Por Polyana Ivie Agnello Bocalon
Equipe Costura Nativa

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